A tecnologia do veículo eléctrico não é nova, de acordo com Brant, 1994, o
veículo eléctrico foi concebido bem antes do veículo de combustão
interna. Os veículos a vapor vieram primeiro seguidos pelos eléctricos e
por fim os de combustão interna, a proximidade com as reservas de
carvão e ferro encontradas nos países a norte do equador tornou prática a
utilização do motor a vapor, entretanto o grande crescimento e a
revolução económica trazidos por ele aos países como os Estados Unidos,
Inglaterra e outros da Europa foi fundamentalmente importante para o
aparecimento de máquinas que funcionavam a partir da electricidade,
tornando também assim possível o funcionamento do motor de combustão
interna.
Em 1837, na Inglaterra, foi construída a primeira carruagem eléctrica.
Portanto, quase 50 anos antes do primeiro automóvel a motor de combustão
interna (ICEV), o Patentmotorwagen, de Karl Benz, em 1886. Ainda
segundo Barreto (1986), em 1897, surgiu uma frota de táxis
eléctricos em Londres, sendo que o ápice da produção e comercialização
dos veículos eléctricos (ou EVs) ocorreu entre os anos de 1890 e 1910.
Estes veículos eram preferidos pela população por não trazer os
inconvenientes dos automóveis de combustão interna (ICEV) e externa
(veículos a vapor), tais como: barulho, gases poluentes, esforço e
riscos à integridade física na partida à manivela, causada por
contragolpes do motor de combustão interna, além da demora e do risco de
incêndios, no caso dos motores de combustão externa. O veículo
eléctrico era a escolha de pessoas que o utilizavam para pequenos
percursos na urbanização, bem como, para eventos sociais.
O veículo eléctrico de Thomas Edison de 1889 foi a plataforma de testes
para as suas experiências com baterias de niquel-ferro. Mais tarde,
estas baterias foram usadas nos veículos Bailey e em vários outros da
época. Edison tinha o seu próprio veículo, um Studebaker eléctrico e
juntamente com Henry Ford foram ferrenhos defensores dos veículos
eléctricos.
Figura : Veiculo
eléctrico de Clara Bryant Ford (esposa de Henry Ford).
No campo da performance, um típico veiculo eléctrico de 1150 kg atingia
entre 32 a 48 km/h e tinha um autonomia de 80 a 100 km por carga.
Em 1899, foi quebrado o recorde de velocidade pelo belga Jenatzy, a
bordo de um veículo eléctrico, o “La Jamais Contente”, que atingiu
106km/h.
Figura : “La Jamais
Contente”, veículo eléctrico do belga Jenatzy.
Este recorde permaneceu apenas três anos até aparecer o “Torpedo” Baker
Electric em 1902 fazendo 125 km/h, mais tarde, em 1904, o Torpedo Kid
atingiu 167 km/h. Em 1900 o carro da companhia francesa B. G. S.
registou o recorde mundial de distância com cerca de 290 km por carga.