Depois
de todo o estudo realizado é necessário fazer a escolha de todos os
componentes para uma possível solução para a conversão do nosso veiculo,
sendo assim vamos passar a lista de materiais necessários a essa
conversão.
Primeiro
que tudo precisamos do componente essencial para a movimentação do
veículo, o motor, e optámos por um motor de corrente alternada de 15 kW
da marca Ansaldo, este motor foi escolhido por ser mais leve, barato, e
tem menos problemas que os motores de corrente continua, e por si só
fazer recarga das baterias (travagem regenerativa) quando não está a
acelerar.Depois precisamos de algo que faça esse motor ter potência
suficiente para andar convenientemente sobre qualquer tipo de estrada,
quer descidas, quer a direito ou a subir. Para tal optámos por vinte
baterias de gel, estando em duas séries de dez baterias em paralelo uma
com a outra, sabendo que são baterias Optima de 12v 55Ah, temos no fim
120v 110Ah. Esta tensão de 120V resulta no inversor, do qual falaremos a
seguir, que precisa de 110V para funcionar correctamente. Portanto
tivemos que ter baterias suficientes para tal, poderíamos também ter
escolhido apenas uma série de 10 baterias e teríamos a mesma tensão mas a
autonomia seria mais reduzida face à energia
(12*55*10=6600Wh=6.6kWh).De seguida precisamos de algo que faça a
conversão de corrente continua das baterias para corrente alternada que o
motor precisa, isso é feito através de um inversor que tal como foi
falado anteriormente precisaria de no mínimo 110v para funcionamento
correcto. Por uma questão de melhor adequação inversor-motor, este
inversor seria fornecido juntamente com o motor na mesma empresa.
Ainda precisaríamos de ter um controlador de carga das baterias, que
faria a equalização das baterias para que estas estejam sempre ao mesmo
nível de carga, não havendo assim possibilidade de umas descarregarem
mais do que outras, visto que apesar de comprarmos todas as baterias
como sendo iguais elas não são 100% iguais, uma pequena alteração da
resistência interna de uma bateria em relação a outra levaria a que essa
descarrega-se mais ou menos de acordo com o aumento ou diminuição da
resistência interna.
Para que possamos ter o nosso circuito fechado, ou seja, em
funcionamento precisamos de um contactor que suporte várias centenas de
Ampere, isto porque sabendo que um motor eléctrico consegue debitar
quatro vezes a sua potência nominal durante algum tempo (funcionamento
em sobrecarga), e sabendo também que as baterias escolhidas perfazem no
total 110Ah, então o nosso motor irá conseguir absorver 440Ah das
baterias. Assim necessitamos então no mínimo de um contactor que suporte
450A, mas para que não exista risco de abertura do contactor, por
segurança achámos melhor prevenir e escolher um contactor que aguente
500A.
Ainda precisaremos de algum dispositivo de protecção para que o nosso
circuito eléctrico não sofra danos caso algum problema aconteça. Para
isso poderíamos ter como opção corta circuitos fusíveis, que abririam o
circuito caso a corrente suba demasiado, neste caso seriam fusíveis
aproximadamente do mesmo valor do poder de corte/fecho contactor (500A).
No nosso circuito teremos ainda que ter cabos de ligação dimensionados
para suportar mais de 500A para que não haja aquecimento excessivo,
neste caso pensamos em optar pelo patamar dos 630A visto que queremos
ter uma margem de manobra e só ai então entrar o fusível em acção pois
temos o contactor que pode abrir o circuito, caso ele não o faça entre
os 500 e os 630A, a partir daí o fusível fará o seu trabalho.Também
precisaremos de ter terminais de ligação para podermos ligar todos os
componentes entre si, quer baterias, inversor, carregador, motor, todos
eles.Para efectuar a aceleração do motor e consequente aceleração do
veiculo necessitamos de um potenciómetro ligado entre o pedal do
acelerador do veiculo e o inversor, que ao rodar com o movimento de
pisar o acelerador faz com que altere a resistência, e o inversor passe
ao ponto de funcionamento adequado.A visualização do estado de carga das
baterias pode ser feito por intermédio de um voltímetro ligado às
baterias e que envia a informação para o painel de comando onde este irá
ficar instalado substituindo o medidor do nível de combustível
existente anteriormente quando o veículo funcionava a combustão interna.
OO
veículo ainda necessitará de uma transmissão para poder ter acelerações
mais fáceis e também para a marcha-atrás, neste caso a transmissão já
existente do veiculo de combustão interna poderá ser usada para que tal
seja feito.
Todos estes componentes teriam que ser comprados a empresas pois os
patrocínios não existiram, as empresas estão praticamente todas em
contenção, também não existiu verba suficiente por parte do instituto
para proceder à compra dos materiais necessários para esta conversão,
ainda assim ficam aqui aproximadamente os preços dos vários componentes.
Motor - 2.496,00€
Inversor - 2.106,00€
Carregador - 897€
Baterias - 5380€
Contactor - 1500€
Fusíveis, cabos, terminais, e outros acessórios - aproximadamente 1000€
Considerando portes de envio - aproximadamente 500€
Tudo isto perfaz um total de cerca de 14000€ (admitindo uma certa margem de variação de preços).