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José Hermano Saraiva, historiador

"Pedrógão Grande é uma das grandes terras eleitas pelo sentimento portugês.
Dizer Pedrógão Grande é evocar serrarias, florestas, rios caudalosos, altares piedosos, recordações de muitas gerações que, num esforço nunca interrompido, transformaram este lugar num dos mais belos trechos de Portugal."

O Historiador José Hermano Saraiva.

Informações retiradas da Agenda Cultural, aquando do programa Horizontes da Memória.


Voltar ao Topo Imagens de Pedrógão Grande:

Clica aqui e podes ver imagens de Pedrógão Grande, a vila onde eu vivo.
Dá uma vista de olhos, não te arrependerás!!
Vais ver algumas imagens dos jardins, de alguns monumentos, da enorme ponte sobre o rio Zezere, espaços pedonais, vistas panorâmicas e muito mais.



Voltar ao Topo Pedrógão Grande:

O concelho de Pedrógão Grande é um dos exemplos mais perfeitos, do quanto pode e consegue a natureza, quando, resolve contemplar uma terra com os mais diversos atractivos, que percorrendo um caminho entre o belo e o surpreendente, são capazes de enlevar pintores, compositores e poetas.


Voltar ao Topo Os simbolos de Pedrógão Grande:

Pedrógão Grande, com os seus muitos anos de existêcia, conta com um brasão, uma bandeira e um estandarte, de inegável belesa, como se pode ver nas imagens. As bandeiras são esquarteladas de branco e negro, com cordões e borlas de prata e negro, haste e lança de ouro.

O brasão e as bandeiras são apresentadas segundo a ordenação heráldica publicada no Diário do Governo, II Série de 09/05/1953.

Brasão de Pedrógão Grande. Bandeira de Pedrógão Grande. Estandarte de Pedrógão Grande.
Brasão do Município. Bandeira para hastear em edifícios (2x3). Estandarte para cerimónias e cortejos (1x1).

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Armas - Escudo de azul com uma águia de prata e de negro, de asas abertas, a olhar o sol de ouro em chefe. Em contra-chefe, um monte de penhascos de prata e de negro, cortado por uma faixa ondada de azul. Coroa de mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres: " PEDRÓGÃO GRANDE ", a negro.


Voltar ao Topo Pedrógão em números:

Pedrógão Grande é composto por três freguesias, a que lhe dá o nome, a de Vila Facaia e a da Graça, tendo uma população que se aproxima já dos 4500 habitantes e uma área a rondar os 13 mil hectares, como se pode ver no quadro em baixo.

PEDRÓGÃO GRANDE VILA FACAIA GRAÇA
Habitantes
2788 702 908
Área (Ha)
8007 1732 3120



Voltar ao Topo Citações:

Pedrógão Grande é "um jardim florido em rudes montanhas plantado... Tudo quase uma pedra, mas por entre elias infinitas verduras...". Esta foi a definição encontrada por Miguel Leitão de Andrada para o concelho de Pedrógão Grande. O escritor deixou preciosas palavras em que descreve enlevadamente as belezas dos campos de 200 fontes e cascatas, de flores e bosques frescos, de penediais e vales profundos aqui à volta da sua terra natal. Uma verdadeira festa dos sentidos, é o que também se poderá dizer, quando se depara com tão grande conjunto de potencialidades paisagísticas. Existem os cenários fantásticos, com montanhas despenhando-se a pique, formando gargantas dantescas e a água correndo na mais arrepiante das profundazas, contrastando com os quadros paradisíacos: as águas calmas e puras do Zêzere deslizando entre mantas de arvoredo, a maviosidade do Lago Azul, o sossego das albufeiras do Cabril e da Bouçã e, o verde, uma imensidão de verde.


Voltar ao Topo Personalidades:

Pedrógão Grande lembra-nos de imediato a figura de Miguel Leitão de Andrada, esse notável escritor que tendo nascido aqui em 1553, partiu em 1568 para Salamanca para voltar dez anos depois e continuar os seus estudos em Coimbra. Esse grande vulto das nossas "letras" está intimamente ligado a um dos factos mais nefastos da nossa história. Participante da expedição a Alcácer-Quibir, ficou ferido e prisioneiro na batalha alí travada, conseguindo escapar do cativeiro e, regressado a Portugal em 1580, escreveu uma carta a um irmão padre que parece ter sido a primeira notícia, que chegou ao País, da derrota sofrida.

Esta vila teve vários donatários, como o conde de Redondo e o marquês de Castelo Melhor, que exerciam poderes jurisdiciais. Como concelho que era, tinha juiz de órfãos, dois tabeliães um meirinho, um alcaide e um capitão-mor com duas companhias de ordenança.


Voltar ao Topo Constituição geológica:

Em termos de constituição geológica, pode-se dividir o território concelhio em duas zonas: a do interior, xistosa e a do vale e terrenos próximos ao Zêzere, granítica, é o mais importante curso de água da rede hidrográfica, desempenhando também papel de relevo o rio Unhais, a ribeira de Pêra e de Mega. Todos eles são extraordinariamente ricos a nível píscicola, vendo-se espécies como o barbo, a boga e a enguia a continuarem a encontrar as condições ideais para se reproduzirem. Este concelho já foi habitat de inúmeros animais selvagens, e gente nobre de diversas paragens aqui realizou grandes caçadas. Felizmente as condições permitiram que muitas dessas espécies permanecessem fazendo parte duma fauna rica e variada, constituída por inúmeras castas de animais domésticos, de aves, de répteis e de invertebrados.

A vila de Pedrógão Grande, sede da freguesia com o mesmo nome está "situada na planura duma colada, que circunda os rios Zêzere e Pêra... fresquíssima no Verão, com puros e saudáveis ares, que comunicam a seus moradores longa vida...". Este é o início da descrição que Mendes Silva fez da vila e que nalguns aspectos continua actual.

Já mais recentemente, em 1985, José Costa dos Santos diz que a vila "encontra-se situada num amplo planalto, que erguendo-se da ribeira de Pêra e do rio Zêzere, se estende para Norte, numa extensão de alguns quilómetros. Esta, forma como um triângulo, sendo composta pelos seguintes núcleos urbanos: Fundo da Vila, Adro, Devesa, Cimo da Vila e Penedo, ponto mais alto da povoação e, talvez, o mais antigo, ao redor do qual o burgo se foi desenvolvendo. Nos últimos tempos, a fisionomia da vila tem vindo a alterar-se significativamente, expandindo-se para zonas limítrofes como sejam o Pranzel, Vale da Manta e Mem Joanes".


Voltar ao Topo Civilizações:

Também como habitat, mas humano, estas terras mergulham as suas raízes em tempos pré-históricos, como o testemunham os machados de pedra polida, possivelmente sílex, encontrados no Cabeço da Cotovia. Também terá aqui estado, uma civilização castreja até à chegada dos romanos, que para vários autores terão sido os fundadores da vila, poderá aqui ter imperado, com a sua fortificação situada no alto do monte de Nossa Senhora dos Milagres, o que é perfeitamente plausível atendendo às condições reunidas com rochedos a prumo e um acesso quase impossível.

Quanto aos romanos, não há a menor dúvida que aqui se fixaram, desse povo também nos fala a lenda dos Petrónios. Já os árabes, não deixando vestígios, a sua presença é no entanto presumível, tanto pela ocupação de povoações vizinhas como pelos topónimos Atalaia e Altardo, lugares da freguesia da Graça, e inegavelmente de origem árabe.

Não se sabe até que ponto Pedrógão terá sofrido as agruras da invasão sarracena, mas de qualquer forma, crê-se que terá ficado despovoada durante as lutas da reconquista cristã. O seu repovoador terá sido D. Afonso Henriques, entregando o seu senhorio a seu filho Pedro Afonso que em 1206, já durante o reinado do seu irmão Sancho, deu a Pedrógão Grande o seu primeiro foral. Mais tarde, onze anos depois, D. Afonso II confirmá-lo-ia para, em 1250, ser a vez de D. Afonso III o fazer. Em 1513, a 8 de Agosto, D. Manuel I concederia o foral novo.


Voltar ao Topo Lenda dos Petrónios:

Há mesmo uma lenda que diz estar a origem da localidade ligada a Antígona Renalta, filha do rei Arunce, cuja beleza atraiu a atenção de vários jovens chamados Petrónios, que se dirigiam ao local para a admirar. Porém, tendo-se envolvido em desordem, ficaram conhecidos por Petrónios Grandes os vencedores e Petrónios Pequenos os vencidos, e daqui teria resultado o topónimo.


Voltar ao Topo Foral:

Só a partir do século XII se encontra documentação escrita referente ao povoamento das extensas terras de Pedrógão. Sabe-se que D. Afonso Henriques fez reconstruir a vila em 1176 doando-a a seu filho Pedro Afonso que lhe veio a conceder foral posteriormente confirmado por vários reis. Ao longo dos séculos os pedroguenses foram observadores e intervenientes activos durante os acontecimentos da nossa história, batendo-se pela independência na batalha das Linhas de Eivas, em 1659 e na resistência às Invasões Francesas, em 1808.


Voltar ao Topo Comarca e escola de Latim:

Em 1789 a rainha D. Maria I criou aqui uma escola de latim, que funcionou até ao ano de 1863. Volvidos doze anos, foi criada a comarca de Pedrógão Grande, mas maus ares se aproximavam. A 7 de Setembro de 1895, um decreto extingue o concelho de Pedrógão Grande e integra-o no de Figueiró dos Vinhos, o mesmo acontecendo com a comarca. Três anos se passaram para que o município fosse restituído, o mesmo não acontecendo com a comarca.


Voltar ao Topo Monumentos e Arquitectura:

Duas notas dominantes caracterizam Pedrógão Grande: a austeridade dos seus edifícios e a grandeza dos seus territórios. Mas não se julgue que é uma austeridade fria; os pequenos jardins entre muros, os alpendres bem lançados, os cunhais graníticos de blocos não alinhados, as janelas mais decoradas num ou noutro ponto e o largozito atraente junto a uma velha capela despretensiosa, são atractivos singulares que captam e agradam marcando a dignidade duma arquitectura severa, mas não despida de trechos de graça, bem como providos como de alegria discreta.

Na Rua 5 de Outubro e na Rua Rica alinham-se várias casas antigas, solarengas e de porte admirável, pertencentes a ilustres personalidades da vila de Pedrógão Grande, sendo estas duas ruas as mais imponentes até então. Saliente-se uma casa nobre na Rua Rica, com janelas de cantarias moldadas e contramoldadas, de tipo quinhentista e em frente à igreja paroquial uma outra casa, cheia de carácter; o portal abre-se num muro altinente à construção, que é setecentista.

A igreja matriz, monumento nacional, impressiona pela robustez da sua construção, agora valorizada, com a introdução de ilumínação rasteira. Este templo data do século XII, reconstruído no século XVI, tendo a torre dominante da fachada sofrido arranjos no século XVIII, com a sua cobertura com o traço típico de então. A fachada tem três corpos distintos, correspondendo, interiormente, às naves. O interior é coberto por tectos de madeira. As tramas são preenchidos com arcaria de volta inteira, que assenta em dez colunas graníticas da ordem jónica. A capela-mor cobre-se de uma abóbada artesoada de cinco bicetes com rosetões dourados. O retábulo é de predaria do renascimento coimbrão, esculturado e pintado, formado por um nicho grande, central, e quatro laterais, onde estão as imagens dos quatro evangelistas, atribuídas a João de Ruão.


Voltar ao Topo Festas e romarias:

Todos os povos, desde os mais recônditos tempos, tiveram os seus momentos de recreio. Estes manifestam-se em todo o seu esplendor nas festas e romarias mas também nas feiras, fenómeno socio-económico muito antigo que hoje tem tanto de comercial como de lúdico.

Pedrógão Grande tem feira ordinária na primeira segunda-feira de cada mês, excepto em Agosto. Mas a feira por excelência é a anual, a 24 Julho, muito concorrida e de grandes tradições, no concelho. Em tempos, a mesma prolongava-se por três dias, 23, 24 e 25 do Julho. O mesmo se pode dizer da feira de Santa Catarina, a 25 de Novembro na freguesia de Vila Facaia, muito típica, atrai muita gente para comer a sardinha assada e provar o vinho novo.

DATA ACTIVIDADE
Mercados semanais
Segunda-feira Pedrógão Grande (Mercado Municipal).
Domingo Vila Facaia.
Domingo Graça.
Feiras mensais
1ª segunda-feira de cada mês Pedrógão Grande (Feira Municipal).

As festas de Pedrógão vêm dum passado longínquo. No século XIX, Pinho Leal já falava das antigas e extraordinárias festas aqui realizadas. As principais são as da Semana Santa, cujo ponto alto é a procissão do "Enterro do Senhor", esta que actualmente, contempla um presépio vivo, momento de rara beleza, as romarias à Senhora da Piedade e Nossa Senhora dos Milagres, que em tempos atraía romeiros de todo o distrito.

DATA ACTIVIDADE
Abril
Semana Santa Festas da Semana Santa em Pedrógão Grande.
1º fim de semana após o 25 de Abril Festa do Senhor dos Aflitos.
Junho
Dia 10 Festa do Senhor dos Bons Caminhos em Regadas.
Dia 12 Festa de Santo António nos Pesos Fundeiros.
Julho
Dia 24 Feriado Municipal de Pedrógão Grande e Feira do Ano no concelho.
Semana que contempla o dia 24 Festas de Verão de Pedrógão Grande.
Agosto
Dia 15 Festa de Senhora da Graça na Graça.
1º fim-de-semana Festa da Senhora da Estrela na Graça.
2º domingo Festa da Senhora da Consolação, Escalos do Meio.
3º domingo S. Vicente Ferrer em Troviscais Cimeiros.
Santo António Santo António em Salaborda Nova.
Último domingo Festa da Senhora da Saúde em Louriceira.
Senhora do Rosário Festa da Senhora do Rosário, Derreada Cimeira.
Setembro
1º domingo Festa da Senhora dos Milagres em Pedrógão Grande.
Fim-de-semana após o dia 8 Festa da Senhora da Piedade em Vila Facaia.
3º fim-de-semana Festa da Senhora do Carmo no Lugar da Picha.
Dia 25 Festa de Santa Lurdes em Escalos Cimeiros.
Outubro
1º domingo S. Vicente dos Pinheirais em Mó Grande.
Novembro
Dia 25 Feira anual de Santa Catarina, Vila Facaia.

Actualmente, a juntar a estas realizações, juntam-se outras, como as festas de verão, no decorrer da semana que contempla a feira anual e um pouco antes, em Junho, realiza-se o festival de bandas, do concelho, tendo a sua primeira edição, ocurrido no ano de 2000. Esta última, proporciona aos seus visitantes um espectáculo pirotécnico e multimédia, no leito da albufeira do Cabril, possíbilitado pela sua nova localização, a puquicimos metros da referida. É um espectáculo de cor, luz e som, quase inigualável, daí o sucesso desta realização, que atrai cada vez mais pessoas a Pedrógão Grande, nesta altura, de início de verão.


Voltar ao Topo Gastronomia:

Mas qualquer altura do ano é boa para vir a Pedrógão Grande e deleitar os sentidos com os seus encantos naturais, complementando-os com as delícias gastronómicas. Por exemplo, no restaurante panorâmico, virados para a majestosa albufeira da Barragem do Cabril, a mais alta do País, apreciando as trutas grelhadas, o achigã e bordalo com molho verde, o bucho de porco recheado e o mel, ou então nos muitos e variados restaurantes localizados dentro da vila, com ar acolhedor e tradicional, proporcionando aos visitantes o desejo de cá voltar.


Voltar ao Topo Fim de visita:

Depois para eternizar a visita a Pedrógão Grande, o artesanato local oferece os seus pequenos cortiços decorativos, os bancos de costurar em cortiça, as latoarias, a cestaria e a tecelagem, visitando o posto de turismo ou nos vários artesãos do concelho.




Adaptação e tratamento de excertos de textos, retirados dos sites da zona do pinhal, da Câmara de Pedrógão Grande e orelhas.pt. O meu muito obrigado a todos.


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