Projecto Português de Documentação do Linux


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Secção 4 - O Tratamento do Linux para os Sistemas de Arquivos, Discos e Unidades de Disco


Pergunta 4.1 - Como se faz funcionar o Linux com um disco que tem mais de 1024 cilindros lógicos?

Se o disco for uma unidade IDE ou EIDE deve ler o arquivo /usr/src/linux/drivers/block/README.ide (parte do código-fonte do "kernel" do Linux).

Esse README, contém várias sugestões úteis sobre as unidades de disco IDE. Os discos SCSI são acedidos através de números lineares de blocos; a BIOS cria alguma simulação de cilindros/cabeças/sectores "lógicos" para atender ao DOS.

O DOS, em geral, não estará em condições de aceder a partições que se estendem além dos 1024 cilindros lógicos, e irá tornar a iniciação de um "kernel" Linux a partir dessas partições no mínimo problemática.

Ainda poderá usar essas partições para o Linux ou quaisquer outros sistemas operativos que acedam à controladora de disco directamente.

Recomendo criar no mínimo uma partição Linux contida inteiramente dentro do limite de 1024 cilindros lógicos e iniciar o sistema dessa partição; as outras partições estarão "OK".


Pergunta 4.2 - Como posso reaver (undelete) os arquivos apagados?

Em geral, isso é muito difícil de conseguir nos sistemas UNIX, pela razão da sua natureza multitarefa. As funções de recuperação estão em desenvolvimento, mas não se espere grandes resultados. Existem uns poucos de pacotes disponíveis, que funcionam oferecendo novos comandos para apagar (e em alguns casos cópia) que movem os arquivos "apagados" para um directório "lixeira"; esses arquivos podem ser então recuperados, até que sejam apagados automaticamente por processos em segundo plano..

Outra alternativa é a busca directa na própria unidade de disco que contém o sistema de arquivos em questão. Esse é um trabalho difícil, e é preciso estar como root para isso.


Pergunta 4.3 - Há algum defragmentador para ext2fs e outros sistemas de arquivos?

Sim. Há um desfragmentador de sistemas de arquivos Linux para ext2, minix e para antigos sistemas de arquivos ext disponível em sunsite.unc.edu como system/Filesystems/defrag-0.6.tar.gz (talvez neste momento exista uma versão mais actualizada).

Os utilizadores do sistema ext2 provavelmente não precisarão de serem desfragmentados pois o ext2 contém o código extra para manter a fragmentação reduzida, mesmo em sistemas de arquivos muito cheios.


Pergunta 4.4 - Como posso formatar uma disquete e criar nela um sistema de arquivos?

Para uma disquete de 3,5 polegadas:

fdformat /dev/fd0H1140
mkfs -t ext2 -m 0 /dev/fd0H1140 1440

  • Para uma disquete de 5,25 polegadas use fd0H1200 e 1200, respectivamente;
  • Para a unidade de disco 'B' use fd1em lugar de fd0;
Os detalhes completos do que se pode fazer com as unidades de disco flexível podem ser encontrados na Lista de Dispositivos Linux (Linux Device List), ver a Pergunta 2.1 - Onde ir buscar os HOWTOs e outra documentação?

Pode necessitar de executar o mk2efs directamente no lugar de mkfs -t ext2. A opção -m 0 diz ao mkfs.ext2 para não reservar espaço no disco para o super utilizador -- habitualmente os 10% finais são reservados para ele. O primeiro comando formata a disquete a baixo nível (ou fisicamente); o segundo cria um sistema de arquivos vazio nela.

Depois de fazer isso pode montar a disquete como um disco rígido e utilizar simplesmente cp e mv em arquivos etc.


Pergunta 4.5 - Estou a receber mensagens estranhas sobre "inodes", "blocks", e coisas desse género.

Provavelmente tem um sistema de arquivos corrompido, talvez provocado por não ter preparado o Linux da maneira adequada antes de desligar o computador ou de o reiniciar. Precisa de um programa 'shutdown' recente para fazer isso -- por exemplo, aquele incluído no pacote 'util-linux', disponível em sunsite e em tsx-11. Se tiver sorte, o programa fsck (ou e2fsck ou xfsck, se não possui o 'front-end' automático para fsck) terá condições de reparar o sistema de arquivos; caso contrário, o sistema de arquivos estará destruído, e terá de o reiniciar com o mkfs (ou mke2fs, mkxfs etc.) e restaurá-lo do 'backup'.

Nota: não tente verificar um sistema que está montado como sendo de leitura e escrita -- isso inclui a partição da raiz.

VFS: mounted root ... read-only, no momento da iniciação do sistema.


Pergunta 4.6 - A minha área de swap não funciona.

Quando dá boot ao sistema, o utilizador deve ver:

Adding Swap: NNNNk swap-space

Se não vir qualquer mensagem, provavelmente está a faltar o swapon -av (o comando para activar a swap) no arquivo /etc/rc.local ou /etc/rc.d/* (os 'scripts' de iniciação do sistema) ou esqueceu-se de colocar a entrada correcta em /etc/fstab:

/dev/hda2 none swap sw, por exemplo.

Se vir:

Unable to find swap-space signature, esqueceu-se de usar o mkswap. Ver a página do man(ual) para detalhes; o mkswap funciona de maneira análoga ao mkfs.

Verifique o documento Installation HOWTO para as instruções detalhadas em como configurar uma área de swap.


Pergunta 4.7 - Como se pode desinstalar o LILO e voltar a reiniciar o sistema pelo DOS?

Se está a utilizar o DOS (MS-DOS 5.0 ou posterior, ou OS/2), digite FDISK /MBR (o que não está documentado). Isso vai restaurar um 'Master Boot Record' padrão do MS-DOS. Se tem o DR-DOS 6.0, accione o FDISK da maneira habitual e seleccione a opção 'Re-Write Master Boot Record'.

Se não tem o DOS 5 ou o DR-DOS, vai precisar do sector de 'boot' original que LILO salvou quando o instalou pela primeira vez. Guardou esse arquivo, não foi? Deve-se chamar provavelmente boot.0301 ou algo assim.

Deve digitar:

dd if=boot.0301 of=/dev/hda bs=512 count=1

(ou sda se está a utilizar um disco SCSI). Isso pode também destruir a tabela de partições, portanto, cuidado! Se está desesperado, pode usar:

dd if=/dev/zero of=/dev/hda bs=512 count=1

que irá apagar o sector de 'boot' e a sua tabela de partições completamente; pode então reformatar o disco utilizando o formatador da sua preferência; entretanto, isso tornará o conteúdo dos seus discos inacessíveis -- vai perder tudo, a menos que seja um 'expert'.

Note que o MBR do DOS inicia qualquer (única!) partição que esteja marcada como activa: pode precisar de usar o fdisk para ligar e desligar as marcações de activa das partições convenientemente.


Pergunta 4.8 - Porque não posso usar o fdformat, excepto como root?

A chamada de sistema necessária para formatar um disco flexível só pode ser accionada pelo utilizador com o poder de root, quaisquer que sejam as autorizações de /dev/fd0*. Se quiser que qualquer utilizador possa formatar um disco flexível, tente conseguir o programa fdformat2; ele contorna os problemas por ser 'setuid' para o root.

Pergunta 4.9 - Há algum produto como o Stacker ou Doublespace para o Linux?

No presente, nenhum dos sistemas de arquivos do Linux pode fazer compressão. Há um programa chamado Zlibc que permite às aplicações existentes lerem de forma transparente os arquivos comprimidos ('GNU-zipped') como se eles não estivessem comprimidos. Após a sua instalação, pode comprimir arquivos com o gzip e os programas ainda poderão encontrá-los, sem necessidade de mudança dos mesmos. Procurar em sunsite.unc.edu, directório /pub/Linux/libs. O autor é Alain.Knaff@imag.fr.

Há um controlador de block device driver com recursos de compressão, que pode dar compressão 'on the fly', independente do sistema de arquivos, no kernel. É chamado 'DouBle'. Há uma distribuição (em forma apenas de código-fonte) em sunsite.unc.edu, directório /pub/Linux/kernel/patches/diskdrives; o autor é Jean-Marc Verbavatz jmv@receptor.mgh.harvard.edu.

Note, que devido ao facto de comprimir 'inodes' (informação administrativa) e directórios, além do conteúdo de arquivos, qualquer problema de corrupção pode ser grave.

Há também um pacote disponível chamado tcx ('Transparent Compressed Executables') que permite manter os executáveis pouco utilizados comprimidos e descomprimi-los temporariamente quando precisar deles. Encontrará o tcx nos sites FTP de Linux, ver a Pergunta 2.5 - Onde ir buscar material sobre o Linux por FTP?; ele também foi anunciado em comp.os.linux.announce.

Nota: este programa não é o mesmo que o gzexe, que é uma implementação inferior do mesmo conceito.


Pergunta 4.10 - As minhas partições ext2fs são verificadas toda vez que reinicio o sistema.

Ver a Pergunta 9.12 - 'EXT2-fs: warning: mounting unchecked filesystem'

Pergunta 4.11 - O sistema de arquivos principal está "read-only"!

Remonte-o. Se o /etc/fstab estiver correcto, pode simplesmente fazer:

mount -n -o remount /

Se /etc/fstab está errado, deve fornecer o nome do dispositivo e possivelmente o tipo, e.g.:

mount -n -o remount -t ext2 /dev/hda2 /.

Para compreender porque o sistema ficou nesse estado, ver a Pergunta 9.12 - 'EXT2-fs: warning: mounting unchecked filesystem'.


Pergunta 4.12 - Há um arquivo /proc/kcore enorme! Posso apagá-lo?

Nenhum dos arquivos em /proc estão realmente lá -- eles são todos arquivos fictícios, criados pelo kernel, para dar as informações sobre o sistema, e não consomem nenhum espaço em disco.

O /proc/kcore é como um 'apelido' para a memória no seu computador; o seu tamanho é igual à quantidade de RAM que ele possui, e se pedir para o ler como um arquivo, o kernel executa leituras da memória.


Pergunta 4.13 - A minha controladora AHA1542C não funciona com o Linux.

A opção para permitir discos com mais de 1024 cilindros só é requerida como uma alternativa para uma deficiência do DOS e deve ser *desligada* sob o Linux. Para os antigos kernels, o Linux precisa desligar a maioria das opções da 'BIOS avançado' -- todas menos a opção de procurar pelo barramento (bus) por dispositivos de iniciação.


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